Sublimação digital ganha espaço na indústria têxtil com foco em sustentabilidade e personalização
Com projeção de US$ 11,6 bilhões até 2030, impressão digital cresce puxada pela técnica de transferência de tinta para o tecido usando calor; Delta Máquinas Têxteis oferece solução para esse processo de termotransferência
A revolução digital que transformou a indústria da moda também alcança os bastidores da produção têxtil. Nos últimos anos, técnicas como a sublimação digital têm se consolidado como alternativas viáveis e sustentáveis à estamparia convencional, ao mesmo tempo em que acompanham as novas demandas de mercado: personalização, agilidade, menor impacto ambiental e possibilidade de produção sob demanda.
Ao utilizar calor para transferir a tinta de um papel especial para o tecido, a sublimação se destaca por proporcionar cores vivas, alta definição e durabilidade — além de dispensar o uso de água e reduzir significativamente os resíduos gerados. O processo, indicado especialmente para tecidos com base em poliéster, é hoje amplamente adotado por empresas que atuam com moda esportiva, vestuário promocional, decoração, brindes personalizados e fast fashion.
De acordo com relatório da Grand View Research, o mercado global de impressão têxtil digital foi estimado em US$ 5,8 bilhões em 2024 e deve alcançar US$ 11,6 bilhões até 2030. A técnica de sublimação representou metade da receita desse mercado no ano passado e segue em crescimento, impulsionada pela demanda por processos mais sustentáveis, personalizados e eficientes.
Eficiência e qualidade no processo
Para que o processo de sublimação aconteça com precisão, um dos equipamentos fundamentais é a calandra térmica — responsável por realizar a etapa de termotransferência, ou seja, o momento em que a tinta é fixada no tecido através do calor e da pressão.
Empresas brasileiras têm se destacado no desenvolvimento dessas soluções. Um exemplo é a Delta Máquinas Têxteis, com sede em Santa Catarina e atuação nacional e internacional. A empresa desenvolveu a Calandra de Sublimação CTM 450, uma solução voltada a indústrias que buscam mais produtividade, qualidade e rentabilidade no processo de estamparia.
O projeto da calandra tem como diferencial um sistema de aquecimento que garante temperatura uniforme e maior aproveitamento da circunferência do cilindro térmico. A máquina pode ser usada tanto com rolos contínuos de tecido quanto com peças cortadas, atendendo diferentes formatos de produção. Com ajustes de temperatura, metragem e velocidade, a CTM 450 se adapta aos mais diversos fluxos produtivos, contribuindo para a padronização e a automação das etapas finais da sublimação.
“Temos acompanhado a evolução da sublimação digital e percebido o quanto nossos clientes buscam, além de qualidade, automação, padronização e rendimento produtivo. A calandra tem papel estratégico nesse processo e, com a CTM 450, conseguimos entregar um equipamento que combina desempenho técnico e facilidade de operação, contribuindo para ganhos reais no chão de fábrica”, explica Fábio Kreutzfeld, CEO da Delta Máquinas Têxteis.
Um caminho sem volta
Além da estética e da eficiência, a sublimação digital também responde a uma preocupação crescente do setor com sustentabilidade. Enquanto processos tradicionais de estamparia utilizam grandes volumes de água e geram efluentes, a sublimação é mais limpa, segura e economicamente viável, sobretudo em escalas menores ou médias.
Com isso, muitas marcas e confecções vêm migrando para o modelo digital, integrando cada vez mais tecnologia e automação em suas rotinas. A tendência é que esse movimento se intensifique nos próximos anos, impulsionado pela busca de diferenciação no mercado, pelo crescimento do comércio eletrônico e pela valorização de produções mais conscientes e flexíveis.