21/01/2025

Expectativas e tendências do setor têxtil para 2025

Delta, empresa de Santa Catarina que produz máquinas têxteis para a indústria, está na vanguarda na implementação de IA em suas soluções

O setor têxtil brasileiro se prepara para um cenário de desafios e oportunidades em 2025. De acordo com projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI), espera-se que o setor industrial, como um todo, registre um crescimento econômico médio de cerca de 2%, entre 2025 e 2027. Com isso, a busca por mão de obra qualificada se intensifica, tornando-se uma das principais demandas para garantir a expansão e a inovação nas empresas.

Apesar dos bons resultados registrados nos últimos meses de 2024, a indústria de transformação, incluindo o têxtil, encara este ano com certa apreensão. A alta nas taxas de juros e o cenário político externo podem influenciar diretamente nos investimentos e nas exportações. O impacto dessas variáveis exige atenção redobrada por parte das empresas, que precisam se preparar para enfrentar um ano de incertezas econômicas.

Já entre as tendências que devem marcar o setor têxtil nos próximos anos, destacam-se a sustentabilidade, a automação e a adoção de tecnologias da Indústria 4.0. Estas são vistas como essenciais para o desenvolvimento de processos mais eficientes, competitivos e alinhados com as exigências globais de redução de impactos ambientais.

Sustentabilidade e Indústria 4.0

A sustentabilidade continua a ser um dos pilares para o futuro do setor têxtil, impulsionando investimentos em tecnologias que reduzem o desperdício de recursos naturais e aprimoram a gestão de matérias-primas. A indústria têxtil, historicamente marcada pelo alto consumo de água e recursos, está em uma trajetória de transformação para se tornar mais responsável ambientalmente.

A automação, somada à Indústria 4.0, é outra tendência em ascensão, transformando o modo como as empresas têxteis operam. A aplicação de inteligência artificial (IA) e sistemas automatizados está revolucionando as fábricas e processos de produção, tornando-os mais ágeis, precisos e com menor margem de erro. Um exemplo disso é a Delta Máquinas, empresa de Santa Catarina, que se destaca como uma das pioneiras no uso da IA na indústria têxtil.

De acordo com o CEO da Delta Máquinas, Fábio Kreutzfeld, a inserção da inteligência artificial no setor têxtil já é uma realidade. Recentemente, a empresa lançou sua primeira máquina com IA embarcada: uma revisadeira de malha e tecido, que realiza inspeção automatizada. "Esse é um marco não só para a Delta, mas para toda a indústria têxtil no Brasil, pois é a primeira solução desenvolvida no país para essa finalidade", afirma o executivo.

Com o apoio de sua expertise no mercado e um processo robusto de pesquisa e desenvolvimento, a Delta conseguiu criar essa solução que aumenta a precisão e a eficiência dos processos de produção. "Nosso objetivo é sempre entregar soluções inovadoras e com a mais alta tecnologia embarcada. Estamos investindo em IA para expandir ainda mais as capacidades de automação em outras máquinas do nosso portfólio, tornando-as mais competitivas no mercado", ressalta o CEO.

Ainda de acordo com Fábio, as soluções da empresa estão alinhadas com os princípios da Indústria 4.0, criando sistemas de automação que além de aumentarem a eficiência produtiva, também contribuem para a sustentabilidade no setor têxtil. A tecnologia de IA permite um melhor gerenciamento de recursos naturais e matérias-primas, um ponto ainda crítico na indústria, que busca reduzir desperdícios ao mesmo tempo em que otimiza processos.

Expansão internacional

Além de inovar no mercado interno, a Delta também está ampliando sua presença internacional. A empresa tem investido cada vez mais na exportação de suas soluções, levando a tecnologia brasileira para outros países e consolidando sua posição como líder na produção de máquinas têxteis com alta tecnologia em toda a América, com mais 300 clientes atendidos.


Legenda: Fábio Kreutzfeld é CEO da Delta Máquinas Têxteis
Créditos: Divulgação/Delta